image
INFORMATIVO CBO

ALERTA SOBRE GRITARIAS NAS FLORESTAS

INFORMATIVO CBO

Curitiba - PR, 1º de junho de 2025.

 

ALERTA SOBRE GRITARIAS NAS FLORESTAS

 

O Conselho de Direção da CBO tomou conhecimento que, durante a realização dos percursos de floresta de eventos oficiais, está se tornando comum e rotineiro encontrar grupos de atletas adolescentes seguindo uns aos outros, gritando e chamando quando encontram os pontos de controles. E ainda pior, em alguns casos sendo auxiliados por atletas adultos durante a competição. Este fato foi constatado e comprovado “in loco” por dirigentes da CBO durante a realização da Copa SUL 2025 e também no CamBOr 2025.

 

Este é um fato preocupante, pois em algumas situações chega a ser uma verdadeira algazarra e sendo praticada por atletas jovens, ou seja, ainda em formação.

 

Assim sendo, a CBO solicitou um parecer do seu Conselho de Arbitragem sobre este assunto, o qual foi ratificado pelo Conselho de Direção da CBO, sendo exposto a seguir para conhecimento geral de todos:

 

 

A ORIENTAÇÃO É UM ESPORTE SILENCIOSO

 

Mas, por que a orientação é um esporte que valoriza o silêncio?

A orientação é um esporte que valoriza o silêncio por vários motivos. Praticado em ambientes naturais, o esporte incentiva a navegação silenciosa e a consciência do entorno. Também enfatiza o foco mental no mapa e na bússola, tornando interações ruidosas perturbadoras para aqueles que estão no entorno, muitas vezes de passagem e que acabam sendo afetados, perdendo a concentração ou se sentindo incomodados ao ver alguém descumprindo uma regra básica do esporte: a individualidade. Sim, a orientação é um esporte individual! E é praticado contra o relógio. Ou seja, vence aquele que fizer o menor tempo. Quando alguém promove uma algazarra ao encontrar um ponto está, claramente, alterando o resultado da sua categoria e até mesmo de outras, quando o ponto de controle é comum a outras categorias.

 

Sensibilidade Ambiental

O Esporte Orientação ocorre em ambientes naturais, como florestas e parques e, assim sendo, é importante minimizar a perturbação da vida selvagem e do meio ambiente. O silêncio ajuda a garantir uma experiência tranquila para todos os envolvidos, sejam os atletas, os moradores da região ou os animais que ali habitam.

 

Foco e Concentração

A orientação exige intensa concentração e foco mental ao navegar com apenas um mapa e uma bússola. O ruído pode distrair e interferir nesse processo, dificultando a tomada de decisões rápidas e o cumprimento da rota escolhida. Como já dito antes, há uma interferência clara na concentração dos atletas no entorno, pois o esperado é o silêncio e não a algazarra.

 

Respeito pelos Outros

O esporte é geralmente organizado de forma a incentivar o comportamento silencioso. Isso inclui evitar conversas desnecessárias ou fazer barulhos altos, que podem atrapalhar os outros participantes. Neste aspecto, o respeito aos outros vai além, pois deve ser considerado que, quando um atleta encontra o seu ponto de controle e inicia uma gritaria para chamar outros competidores, estará alterando injustamente os resultados daquele percurso, além de estar transgredindo a regra 23.2 das ROP 2025.

 

23.2 É proibido obter ajuda ou ajudar outros competidores durante uma competição, exceto em casos de acidente. O competidor é obrigado a parar e ajudar os competidores feridos.

 

Consequências

As consequências são bastante claras: atrapalha a concentração dos outros competidores no entorno, pode alterar o resultado da categoria e de outras que compartilham do mesmo ponto de controle, atrapalha a vida selvagem da região, entre outras.

Outra consequência perturbadora não é aparente, mas a continuar nessa batida, vai acontecer de forma quase inevitável. Nos eventos recentes observamos um crescimento no número de jovens inscritos nas categorias 14, 16 e 18. Nitidamente, resultado das convocações anuais em virtude da participação nos Jogos Mundiais Escolares (Gymnasiade). Como a convocação segue o critério do ranking e este é baseado nos resultados dos eventos, podemos concluir que estes resultados podem ser influenciados por essas gritarias visando alertar outros competidores da mesma categoria sobre a localização de um ponto de controle. Isso posto, temos um problema se aproximando no horizonte.

E quando este problema chegar, será o Conselho de Direção da CBO que terá que resolver. Por quê? Porque quando um atleta se sentir prejudicado em seus resultados e, por consequência, na sua posição no ranking, é à CBO que irá recorrer para solucionar o problema.

Assim sendo, cabe à CBO, por meio do Conselho de Direção, tomar as providências agora.

E tais providências devem ser analisadas e colocadas em prática. Neste primeiro momento, de forma emergencial, solicitamos aos organizadores dos eventos regionais que se aproximam, TSEO, TCO e CamBOS, que dentro de suas possibilidades, designem fiscais para observar o comportamento dos atletas no interior do campo de jogo, desclassificando sumariamente aqueles que descumprirem a regra do silêncio. É importante também que tal procedimento seja informado e alertado nos boletins dos eventos.

Deixamos também um pedido para que outros orientistas que testemunharem tais fatos e se sintam incomodados com esta situação nos percursos de florestas, que chamem a atenção dos infratores imediatamente e protocolem uma reclamação junto à organização do evento, registrando o fato e informando o número do competidor em questão. Não se trata de ser “dedo duro”, mas sim de tratar de um problema que afeta a todos nós, principalmente a aqueles que cometem a infração e os que poderão ser prejudicados por ela. Trata-se de preservar o jogo limpo (fair play).

 

O que se esperar?

O esperado é que, nos cursos de iniciação o tema seja debatido, particularmente entre os jovens, geralmente mais afoitos e menos conscientes das consequências dos atos que praticam.

Temos grupos de jovens que possuem treinadores que os apoiam entre as competições, fornecendo treinamento e aconselhamento. Pedimos a estes treinadores que atuem de forma imediata no sentido de orientar os seus atletas sobre a necessidade de silêncio na floresta e sobre as consequências dos seus atos.

Alertando ainda que aqui estamos tratando somente dos percursos de floresta, porém a regra 23.2 da ROP 2025 abrange também os percursos urbanos (Sprint).

Somente com a união e participação de todos poderemos alterar este quadro que começa a se tornar preocupante.

Cientes de que a orientação é um esporte individual e silencioso, todos iremos ganhar, especialmente aqueles que têm o mérito da vitória baseado somente nas suas habilidades individuais.

 

CONSELHO DE DIREÇÃO DA CBO

 

CARLOS ALBERTO XAVIER

Presidente do Conselho

 

FÁBIO SOLAGAISTUA DE MATOS

Presidente Substituto

 

ROBERTO DIAS TORRES

Presidente Adjunto

 

PLÍNIO COSTA NASCIMENTO

1º Conselheiro

 

JOUDERIAN FERREIRA NOBRE

2º Conselheiro

 

DOUGLAS DA SILVA SCHMITZ

3º Conselheiro

 

DINARA HELENA PESSOA SOBRINHA

4ª Conselheira

 

 

 

 

RICARDO ANHAIA RIBEIRO

Secretário Geral da CBO


Parceiros

Federação internacional de Orientação
Comitê Olímpico Brasileiro
Confederação Brasileira do Desporto Escolar
Magicel

Fale Conosco

Secretario-Geral (Ricardo Ribeiro)

  • E-mail: secretario.geral@cbo.esp.br
  • Telefone: (41) 99688-5797

Ouvidoria (Dinara Sobrinha)

  • E-mail: ouvidoria@cbo.esp.br

Marketing e Comunicação (Junior Dias)

  • E-mail: diretor.marketing@cbo.esp.br
  • Telefone: (61) 99604-1017

© 2025 CBO. Todos os direitos reservados.